28 de agosto de 2012

Little Nipper

                "Em 1897, James Henry Atkinson, jovem dono de uma loja de ferragens em Leeds, pegou uma tabuinha de madeira, um arame rígido e não muito mais do que isso, e criou um dos maiores inventos da história: a ratoeira. É um dos vários objetos úteis - como o clipe de papel, o zíper ou o alfinete de fralda, entre muitos outros - inventados no séc XIX que desde o início foram praticamente perfeitos, de modo que quase não receberam melhoramentos nas décadas seguintes. Atkinson vendeu sua patente por mil libras esterlinas, uma soma considerável para a época, e depois foi pai de outros inventos, mas nenhum deles lhe trouxe tanto dinheiro e imortalidade.
                Sua ratoeira, fabricada sob o nome comercial de Little Nipper [pequena mordedora], já foi vendida às dezenas de milhões, e continua acabando com os camundongos com eficiência brutal, no mundo todo. [...]"


Trecho do livro Em casa. Uma breve história da vida doméstica de Bill Bryson.

2010 pela Companhia das Letras. P. 260


Desenho de James Henry Atkinson para a patente da sua ratoeira, 1899.

20 de agosto de 2012

"A Terra não era nada além de bocas e cus engolindo e cagando e fodendo"

Misto quente - C. Bukowski





19 de agosto de 2012

Notas sobre a cozinha II


Entre todas as “arte-manhas” dos Homens, de certo, considero a gastronomia a melhor delas. De fato comer é uma necessidade básica, mas, me refiro à maneira de manejar e recombinar o alimento e na variedade de coisas disponíveis para o preparo da nossa comida. Encaro a cozinha como um laboratório experimental, onde é possível combinar diversos ingredientes, explorando e se familiarizando com as possibilidades e elementos. Cozinhar é uma das maneiras de estar disposta e imersa no mundo e nas suas relações.

16 de agosto de 2012

Notas sobre a cozinha I


Na última terça feira fui convidada para participar da produção do curta-metragem, e por fim, aceitei ficar responsável por umas das coisas que mais gosto e sei fazer: cozinhar. De cara posso listar inúmeras qualidades dessa função. Me lembro quando trabalhei por algumas semanas no zoológico de Sorocaba, percebi um dia, que minha blusa verde atraía o hipopótamo e alguns outros animais. Depois fui descobrir que essa era a cor do uniforme dos tratadores, ou seja, quem levava a comida.  Outra situação foi quando estive por dez dias internada em um SPA, onde a comida era bem controlada, e apesar de não ter passado fome, a “vontade de comer” era constante. O assunto das conversas entre o pessoal sempre acabava em comida. Mas em especial, percebi o carinho que todos tinham com as meninas da cozinha, afinal, como no zoológico, eram elas que alimentavam os gordinhos. Talvez cozinhar para as outras pessoas incite o carinho.